segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PM DE PERNAMBUCO REVIVE DITADURA MILITAR


    O lucro acima de tudo. Esse foi o motivo que levou os empresários do transporte coletivo em Pernambuco a aumenter o valor das tarifas de ônibus no dia 20 de janeiro. Em resposta, no mesmo dia, cerca de 400 estudantes organizados por diversas entidade estudantis como an UESPE, DCEs da UFPE, UFRPE  e UNICAP, além da Federação Nacional dos Estudantes de Escolas Tecnicas (FENET), além da União da Juventude Rebelião (UJR), fizeram uma manifestação contra o aumento durante a reunião do Grande Recife Consórcio Metropolitano de Transporte, realizadas a portas fechadas sob proteção da Policia Militar de Pernambuco.
     A manifestação começou pela manhã com concentração em frente ao Ginásio Pernambucano, seguindo em passeata pelas principais avenidas do Centro do Recife, denunciando a proposta de 17,2% feita pelos tubarões do transporte.
     A repressão por parte da policia Militar e do Batalhão de choque foi, mais uma vez, selvagem, e fez a população recifense recordar os tempos da Ditadura Militar. A manifestação foi alvo de balas de borracha, bombas de gás e spray de pimenta, além de muita pancada. Estudantes foram feridos , outros presos e até uma trabalhadora que demonstrou apoio á passeata foi detida.
    
      No inicio da tarde, ainda não satisfeitos com diversos presos e feridos, a Policia deu inicio a uma perseguição aos estudantes pelo centro da cidade até chegar a faculdade de direito da UFPE, onde foram cercados e impedidos sair pelo Batalhão de Choque, que continuou disparando bombas de gás e balas de borrachas contra os estudantes que ali se protegiam.
     Tais ações só fazem crescer a indignação da população diante de mais um ato de desrespeito e violência contra o povo. A comerciante Maria Elizete de Oliveira, 49 anos, que assistiu á violência facista da PM declarou: "É um absurdo o comportamento da Policia. Eles parecem que estão em uma guerra. Os estão numa passeata organizada, pacifica, desarmados, sem nada, e a Policia chega dando tiro, como se eles fossem bandidos. Se a passagem aumentou e isso prejudica todo mundo, eles tem o direito de se manifestar, e a Policia temque respeitar".

     Após várias manifestações, os estudantes impediram o reajuste de 17,2% pretendido pelos empresários, embora a passagem tenha sido reajustada em 6,5%. Agora, a luta continua contra a repressão, pela estatização do transporte público e pelo congelamento das passagens.

Fonte: UESPE
www.uespe.blogspot.com 

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